esta parte
introdutória, veremos as noções básicas sobre a heráldica como por exemplo o conceito sobre o que é heráldica, sua história e origens, e por fim um texto, encontrado na
Internet, sobre o tema: "Heráldica Assumida".
Neste texto é apresentado a diferença entre a heráldica tradicional e a que comumente
é usada hoje em dia sem qualquer uso dos significados que cada cor, figura ou forma
representa na heráldica clássica.
Um exemplo de heráldica assumida é o próprio brasão do Atelier Heráldico, aonde,
definitivamente não observamos qualquer regra heráldica tradicional.Pode parecer
antagônico que neste site, nós venhamos a apresentar todas as regras da ciência
heráldica e justamente no nosso símbolo não venhamos a usá-la. A razão é porque as
regras já não fazem mais efeito aqui no Brasil, não são respeitadas e muito menos
conhecidas ou populares. Usamos apenas critérios estéticos e artísticos que
"lembram" a heráldica popular.
A heráldica tradicional deixou de ter efeito oficial aqui no Brasil no momento em que
a monarquia foi extinta. Num livro de nobreza compilado no Brasil em 1917, o "Archivo
Nobiliárchico Brasileiro", existe uma relação de mais de 1300 nobres, e
que muitos dos seus descendentes ainda ostentam seus títulos, mas não tem mais efeito
oficial e jurídico. Daqueles ex-nobres do Império do Brasil, somente menos de 300
obtiveram brasões.
Há ainda outros livros sobre o assunto aqui no Brasil, como por exemplo o "Nobiliário
Sul Riograndense", aonde são arrolados todos os ex-nobres gaúchos, ou que
já vieram assim dos seus países de origens, no caso, portugueses (principalmente os
assorianos, ou sorianos) os espanhóis, italianos, alemães, poloneses, russos entre
tantos outros.
Ainda há uma citação de um livro sobre a nobiliarquia crioula, que citava os títulos
de nobreza comprados ou adquiridos por negros que fizeram carreira financeira após a
abolição da escravatura. Somente uns poucos conseguiram tais feitos, uma vez que alguns
anos depois da assinatura da Princesa Isabel a monarquia foi absolvida e dissolveu-se este
costume heráldico para com os então nobres. Não podemos, é claro, de deixar de citar
alguns poucos casos de negros que vieram como escravos mas que em seus países eram
príncipes. Apesar disto não temos certeza de que usavam algum tipo de heráldica, além
das já conhecidas cores que se representavam nos escudos africanos. Elas distinguiam as
tribos, mas não temos conhecimento do uso de brasões heráldicos.
No decorrer destas páginas iremos também ver as diferentes artes heráldicas que eram
adotadas por vários países e que ainda são adotadas naqueles em que a monarquia ainda
existe, mesmo que parlamentarista. Na maioria dos casos elas são semelhantes entre si,
mas algumas, principalmente as mais antigas, não têm semelhanças com outras, como no
caso da heráldica escocesa tradicional.

Brasão do Clã dos MacArthur, da Escócia.
A heráldica escocesa antiga difere de todo o mundo.
Suas peças principais são o tartã do clã (o pano),
o motto (geralmente escrito em latin) e o símbolo.
O general Douglas MacArthur fazia parte deste clã.
Aqui no Brasil segue-se a heráldica portuguesa, que difere quase nada da heráldica
espanhola.

De acordo com o "Armorial Lusitano", este é o
"...brasão dos Lopes de Cidade Rodrigo,
dos quais já havia ramo em Portugal
nos finais do século XV...".
A imagem e o nome de Antônio Lopes é uma
citação meramente ilustrativa, usada apenas
para indicar um sobrenome de alguém a um brasão. |