O nome "Escudo de Armas" se dá quando só se desenha o
escudo, eliminando elementos externos como elmo, paquife e virol. Na história na nobreza
brasileira, esta é a versão artística adotada na maioria absoluta dos desenhos criados.
As armas ("armas" é o nome clássico para o brasão de uma pessoa) do
Marquês de Tamandaré são formadas pela união de quatro outras, todas vindas da sua
genealogia ancestral: Ribeiro, Oliveira, Lima
e Paes. Nota: há um pequeno detalhe no canto superior do primeiro
quartel, aonde estão as armas dos Ribeiros, que é um quadrinho azul com um castelo de
prata. Essa pequena peça se chama "diferença". Diferença é o modo técnico
da arte heráldica portuguesa de classificar o grau genealógico do dono do brasão em
relação ao seu antepassado, seja ele filho, neto, bisneto, etc, e se é primeiro,
segundo, etc. A forma visual das diferenças variou muito de épocas em épocas, e também
de graus de conhecimentos dos desenhistas. O Brasil infelizmente é também conhecido como
tendo uma arte heráldica que estava apenas começando a se desenvolver, quando então a
monarquia foi abolida, e juntamente com ela (sem necessidade) a cultura da arte
heráldica, e com isso até os dias de hoje pouco é ensinado a respeito desta arte. É
por isso que aqui no Brasil a arte heráldica é conhecida como "arte morta".
Por esta razão, não temos como hoje dizer, pela diferença encontrada nas armas de
Tamandaré, qual é o grau genealógico que se pretendia assinalar no seu brasão de
armas.
Nesta arte foram incluídas as principais condecorações que o Marquês de Tamandaré
recebera durante sua vida, deixando de fora as condecorações estrangeiras pelo critério
de falta de espaço.
As condecorações incluídas
foram: |
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Imperial Ordem da Rosa, grau
Grã-Cruz Efetiva; |
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Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul,
grau Grã-Cruz; |
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Ordem de S. Bento de Avis,
grau Grã-Cruz; |
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Medalha Geral da Campanha do Paraguay,
com passador de ouro (só para oficiais generais), de quatro anos (indicativo ao tempo de
atuação na guerra); |
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Medalha da Campanha do Uruguay,
também conhecida como Medalha de Paysandú, ou ainda, Medalha da
Vitória de Paysandú. Ela é usada pendurada ao peito, porém, em ocasiões
solenes, os oficiais generais podiam usa-la como se fosse uma comenda, ou seja, atada a
uma fita em volta do pescoço. |
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Medalha da Libertação da Bahia,
também conhecida como Medalha da Independência, por ser a
condecoração que receberam os militares que expulsaram os portugueses que chegaram a
Salvador, na Bahia, com a tentativa de reconquistar o Brasil após D.Pedro I ter declarado
a independência da Coroa Portuguesa. Assim como a medalha da Campanha do Uruguay, esta
também é pendurada ao peito, mas os Generais poderiam pendura-la com uma fita em torno
do pescoço. Tanto Tamandaré quanto Caxias consideravam esta a principal condecoração. |
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Outras condecorações que
Tamandaré tinha, mas que não foram desenhadas aqui: |
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Ordem de São Januário de Nápoles,
grau Grã-Cruz, condecoração do Vaticano; |
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Ordem da Coroa de Ferro, grau
Grã-Cruz, condecoração da Itália; |
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Ordem de Francisco José da Áustria,
grau Grã-Cruz, condecoração da Áustria. |
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