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Sobre
uma arte alegórica dentro da arte heráldica. Na arte heráldica cunhou-se o termo "alegoria" para dar nome a uma arte que unia livremente um brasão e mais alguns adereços artísticos desenhados livremente por conta do desenhista. Tecnicamente também cunhou-se esse nome pra uma arte que fora feita de modo errado (do ponto de vista heráldico) sem que se soubesse, mas que para que não fosse perdida, então ela era usada, porém, sem o nome oficial de "brasão de armas". Em termos simples, pode-se dizer que uma alegoria não é necessariamente um erro, mas sim uma expressão artística livre, usando as armas oficiais como base. Porém, é preciso que se entenda que mesmo que uma arte alegórica não seja um erro, passaria a ser um caso se queira dizer que ela é um trabalho heráldico puro, técnico e correto. Numa alegoria usa-se também a arte heráldica, mas numa arte heráldica pura não se usa alegoria. É bom que se saiba que a arte desta página não é a forma oficial do brasão imperial, mas sim uma alegoria, em que usamos o conceito oficial do brasão imperial juntamente com alguns adereços artísticos, com o propósito de criar uma arte mais expressiva da nossa parte. Sobre nosso desenho da coroa de D. Pedro I. Queremos expressar nossa gratidão ao Setor de Museologia do Museu
Imperial de Petrópolis ( www.museuimperial.gov.br )
que nos auxiliou sensivelmente no desenho da coroa imperial de D.Pedro I, nos enviando
imagens detalhadas dela. Sem estas imagens seria impossível chegar aos detalhes que
conseguimos. Mesmo assim, não pudemos desenhar tudo que existe de detalhe do rico
trabalho de ouriversaria encrustrado na coroa, tamanha é a beleza desta importante peça
histórica brasileira. Nossa representação de brilhantes é uma especulação artística
livre, pois mesmo que saibamos que todas as pedras da coroa de D.Pedro II foram retiradas
da coroa de D.Pedro I, ainda assim não podemos afirmar se são exatamente as mesmas, ou
se foram acrescentadas outras ou até mesmo retiradas algumas. Apesar de desenhos
diferentes, há muita semelhança de concepção entre uma coroa e outra, apesar de que a
coroa de D.Pedro I seja mais cônica e a de D.Pedro II mais arrendondada. Sobre a nossa arte alegórica. Sobre o formato do escudo, mesmo que este não seja o formto usual, é curioso saber que nunca foi decretado qual deveria ser o formato padrão para o brasão imperial. Tanto D.Pedro I quanto D.Pedro II tiveram vários de seus brasões de formato diferentes pintados em louça, em móveis e carruagens, entalhado em madeira, esculpido em mármore, cosido em pano de bandeiras etc, e quase sempre um novo brasão recebia formato diferente de escudo, baseado no gosto do escultor, ouríver, costureiro, pintor, desenhista, etc. O formato de escudo que com o tempo se padronizou é o formato "samnítico", popularmente conhecido como "escudo francês". Só representamos duas Ordens na nossa alegoria, pois a relação
completa das medalhas, medalhões, fitas, bandas e colares a adornar o brasão imperial
tornariam o desenho muito carregado e poluído de formas e cores, razão pela qual
denhamos apenas a mais bonita (Imperial Ordem da Rosa) e a mais importante (Imperial Ordem
do Cruzeiro do Sul).
Em especial, duas peças que desenhamos são mais ao estilo alegórico do que de estilo heráldico:
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